As redes sociais e os registros históricos

Estive assistindo uma discussão sobre ativismo nas redes sociais no Ubitec 2013. Na ocasião Raquel Recuero e Henrique Antoun falaram sobre os protestos de Junho no Brasil, fazendo uma análise de dados coletados na rede e relações históricas.

Ainda estou processando tudo que foi comentado. Refletindo sobre as discussões e os dados da violência "real" que a Raquel Recuero trouxe. Percebi que são dados oficiais, e em pesquisa não poderia ser diferente. Então pensei nos casos de abusos não registrados brasil a fora, e aqui em Porto Alegre teve muitos. E também sobre o paradoxo entre "real/digital" e como a história desses protestos serão escritas ou "lidas" no futuro.

Como ficam as verdades não ditas pelo medo da repressão, a violência silenciosa que ainda dá sinais em algumas cidades? E quantos desistiram da "luta" (dita desorganizada e despolitizada) por conta dessa violência? Esse é um capítulo que não vai entrar para a história se não houver um trabalho investigativo/jornalístico que o registre.

Acredito muito no poder revolucionário das redes digitais, mas também acredito que só ela não basta, e vejo pouco movimento neste sentido. No sentido de relacionar fatos/pessoas e registros online. Só pensando... E tagarelando, afinal é pra isso que serve isso tudo, sempre foi pra isso!

Porto Alegre / 2013 - Foto: Ramiro Furquim/ Sul Vinte Um

Daniela Mattos

Apaixonada por literatura clássica e ficção científica, criou o blog Sabe o que é? para compartilhar suas leituras e incentivar a formação de novos leitores.

2 Comentários

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Gostei do seu trabalho, meu nome é iderlandio, sou estudande de Pedagogia e moro no estado de minas gerais, pertinho de belo horizonte... Eu gosto muito de ler este tipo de artigo, parabéns, continue postando....
    Depois você visita meu blog... Iderlandioandrade.blogspot.com.br

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